Estatinas: uso racional na cardiopatia isquêmica (2004)

Autores: Lenita Wannmacher e Andry Fiterman Costa

Resumo:
Dislipidemias (alterações nos lipídeos séricos) constituem fator de risco para aterosclerose e, conseqüentemente, doença coronariana. Dentre as medidas de prevenção primária e secundária de cardiopatia isquêmica encontra-se o uso do grupo das estatinas, agentes hipolipemiantes. Na seleção de um representante deve-se levar em conta seu benefício em desfechos clínicos (infarto de miocárdio, angina instável, morte súbita e necessidade de revascularização miocárdica), avaliado em grandes ensaios clínicos randomizados, com validade interna e sem conflito de interesses. Assim sendo, no momento atual, deve-se priorizar o uso de pravastatina, sinvastatina, lovastatina e atorvastatina em pacientes com riscos alto e moderado. Aos de baixo risco, devem ser inicialmente preconizadas apenas medidas não-medicamentosas. A escolha dos esquemas empregados rege-se pela estratificação de risco, além dos níveis de LDL-colesterol. Estatinas também demonstraram benefício na prevenção primária de hipertensos sem dislipidemias, mas com fatores de risco cardiovascular, e na prevenção de eventos maiores vasculares em pacientes com diabetes melito tipo 2, mesmo com níveis mais baixos de LDL-colesterol. Espera-se que controle mais agressivo dos níveis lipídicos associe-se à acentuação da prevenção de eventos clínicos cardiovasculares. O seguimento domiciliar dos pacientes por farmacêutico mostrou auxiliar na prevenção de tais eventos.

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