Hipertensão e Doença Arterial Periférica (2001)

Autores: Carlos Eli Piccinato, Jesualdo Cherri e Takachi Moriya

Resumo: Considera-se a hipertensão arterial o fator mais potente no desenvolvimento da doença aterosclerótica, embora outros fatores de risco não menos importantes concorram na etiopatogenia dessa doença. O tabagismo, o diabetes melito e a hiperlipidemia apresentam grande impacto na evolução, particularmente na doença aterosclerótica periférica. Esta se apresenta sob a forma de lesões estenóticas ou oclusivas das artérias das extremidades. Ela pode manter-se por longo tempo silenciosa graças a diferentes mecanismos de suprimento e habitualmente acomete outros territórios ao mesmo tempo (doença coronária e cerebrovascular). Discutem-se ainda, nesta revisão, os aspectos clínicos e diagnósticos da doença arterial periférica. Apesar de a importância da terapêutica da doença estar relacionada ao controle dos fatores de risco, observou-se nos últimos anos um grande progresso. As técnicas cirúrgicas de revascularização tornaram-se muito mais seguras. Por outro lado, surgiram novas técnicas de revascularização endovascular que não concorrem com as técnicas cirúrgicas, mas se complementam, permitindo estender as indicações a um maior número de pacientes.